Nossa caminhada até o Implante Coclear começou em Março de 2007.
Quando Marcelo num dia me perguntou pq ele não ouvia, até então ele não tinha essa consciência, aí sim tive uma conversa franca e esclarecedora com ele, e nesse mesmo dia eu lí muito na internet a respeito do IC.
Mas me aprofundei mesmo na leitura, e foi onde ele me falou que queria ouvir!!!
E eu pensei meu Deus o que faço agora, creio que só Deus faz milagres, mas acredito tbém na medicina, que avança a cada dia, mas Marcelo com seus 10 anos na época, como???
Foi onde procurei fonos conhecidas e comecei a perguntar e me informar como escreveria ele para uma avaliação, e comecei a saber que IC, um dos primeiros critérios é a criança ser oralizada, ainda mais ele com essa idade, então comecei a intensificar oralização com Marcelo, mas nessa época ele estudava numa escola especial, que a 1ª língua é Libras. Mas não exitei, usei Libras para me ajudar e começamos a trabalhar muito, e enfim a 1ª avaliação no HCRP, NEGATIVO, ele não passou na 1ª avaliação com a fono, não me pergunte pq, a fono só me disse que ele não era candidato...E eu a perguntei e ela me disse que ele tinha uma audição boa, aí eu falei a ela, COMO?
Uma criança DA profundo bilateral, que no dia da consulta estava somente com 1 AASI que o outro estava consertando???Sinceramente...
Mas não desisti pq ele tbém saiu de lá muito triste e desolado, eu usei toda essa tristeza a nosso favor, conversei com ele o explicando que ele não tinha conseguído pq estava sinalizando muito e falando pouco, então fizemos um acordo em falar mais e sinalizar junto, nesse primeiro momento.
Mas nesse tempo conheci uma pessoa que é uma amiga e batalhadora Fga Leny Meirelles, foi com quem me abri e pedi a ela que fosse clara comigo, e ela me pediu 1 mês para avaliar o Marcelo, e nesse um mês ele se saiu muito bem e superou nossas expectativas, isso era Dezembro. Férias, e eu conversei com minha família e resolvemos tirar o Marcelo da escola especial e retornar com ele para o ensino regular, conversei tbém com a Fono que me deixou a vontade, mas tudo seguia para o lado da transferência, pq temos que saber nós pais de DA, o que queremos para nossos filhos?
Qual linguagem ele adquirirá ao longo de sua vida, eu sempre quis que o Marcelo fosse totalmente Oralizado, mas ele aprendeu Libras que tbém o ajudou muito, e hj por opção dele o que já sabe falar não mais usa sinais.
Voltando então a fono resolveu que agora sim poderíamos escrevê-lo no HCFMUSP, pq ela já o conhecia, e assim fizemos em Janeiro, qdo foi em Março estávamos radiantes que ele faria a 1ª avaliação, nossa era um sonho começando a renascer, chegamos lá nervosos e ansiosos, o 1º contato com a equipe foi muito bom, e logo as fonos gostaram do Marcelo, e me disseram que ele iria fazer as avaliações e durante as mesas iríamos conversando, e hj ao longo de 8 meses ja´estamos praticamente finalizando as avaliações com a certeza de que Marcelo é candidato ao IC e será implantado num futuro próximo, sei tbém que todo esse esforço valeu a pena, e tbém digo não é fácil ter um filho DA estudando em colégios regulares, tem que ser uma dedicação diária dia após dia, a oralização o mesmo, pelo menos uma hora por dia em casa, para estimular a fala, usar o AASI diariamente, só tirar para dormir e tomar banho.
Enfim sempre falo, derrubamos um gigante a cada dia, não é impossível só requer paciência e perseverança.
Mônica Mendonça, Mãe de Marcelo Moura Puche Junior, candidato ao IC.
Usuário de AASI desde10 meses.
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